quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Logística Reversa


Em 2010 precisei estudar a lei 11.445/07. Lei essa que estabelece as diretrizes criadoras do Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico). Foi uma surpresa boa conhecer a lei e o plano, que são simples, suprem as necessidades e primam a participação popular aliada à equipe técnica responsável e ao poder público.

Conheci há pouco o PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos). Tive a mesma surpresa. Principalmente no que tange à logística reversa. Em síntese a PNRS determina que os fabricantes  são responsáveis pela  destinação final de seus produtos, sejam eles reaproveitados ou não. Cabendo ao consumidor descobrir a rota disponibilizada para o recolhimento do produto descartado. Os orgãos competentes já podem exigir tal prática das empresas, com exceção de resíduos perigosos. Uma solução inteligente que possibilitará as empresas incrementarem seus negócios, sem contar nas oportunidades que serão geradas. Pesquisando sobre o assunto conheci o Wise Waste (http://www.wisewaste.com.br) vale a pena conhecer.

Com a ideia da logística reversa na cabeça, comecei a pensar numa questão não tão prática. Tudo que diz respeito aos humanos é complexo.

Nosso maior impulso ao ver alguém agir com falsidade, trapacear, ser cruel e matar outra pessoa, um animal ou maltratar a natureza é de reagir seja com violência ou não, mas de alguma forma punir. Me incluo nesse movimento “vamos fazer justiça”.  Nos sentimos no direito de proporcionar um carma instantâneo ao culpado.  Sem contar no prazer imenso que temos em nos culpar, atribuindo a “má sorte”  á uma atitude passada.

Mantive esse pensamento até ler a biografia da Mary Bell ( a mais nova serial killer do mundo).  Durante a leitura, principalmente no início senti aquela vontade absurda de ver a menina ser punida severamente. Afinal, após as atrocidades feitas e frieza no julgamento seria o destino merecido. Acontece que após o julgamento ( a justiça britânica não sabia o que fazer numa situação dessa, por ser uma menina) ela foi cuidada por um homem em uma instituição para menores. Não era um homem qualquer, ele proporcionou um ambiente adequado para o crescimento de uma criança, coisa que ela não tinha em casa com a mãe. O autor da biografia, após a mudança brusca de comportamento e demonstrações de consciência de Mary, questiona se tudo era um teatro ou se ela passara a ter noção do que seria o certo e errado em uma sociedade e da dor do outro.

Tudo isso me levou a crer que essa logística reversa (que nada tem a ver com a do PNRS) é  injusta, pois não cabe a nós julgar e punir uma pessoa além de não levar a nada, não traz crescimento algum.  É inútil criar um ambiente inóspito, se o proposito da vida  é de nos reabilitar. Causar um dano ou sofrimento ao outro não apagará a ação praticada por ele.  No entanto ver uma pessoa aproveitar a chance de melhorar como ser humano é sensacional, pois mais uma pessoa estará preparada para a nossa evolução (espiritual e tecnológica). Nessa situação a melhor logística é a dor amor e do acolhimento. 


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Doses Homeopáticas


Por muito tempo admirei as pessoas que conseguiam produzir, transformavam toda sensibilidade e tudo mais que transbordava em um trabalho formidável. Sem pudor, sem freio.

Sentia inveja dos cantores e escritores que viviam com fome, que mostravam todo interior  e eram o próprio espetáculo. Mostravam todo sofrimento, como uma janela da alma, capaz de tocar os nossos mais profundos desejos e frustrações.

E não eram só os artistas não, quem agia com a certeza de que não existia dia seguinte e por isso vivia sem parcimônia. Devorava a vida sem medo das consequências.

Lembro do que senti na primeira vez em que assisti Vinicius. Uma mistura de inveja com frustração e nostalgia.  Aquela sala cheia de gente, a música, o copo até a boca de whisky, as inúmeras paixões e filhos...

Acreditava que me empenhar para viver e fazer vale a pena era isso. Coloquei muita emoção, expectativa e paixão. Doses altíssimas em tudo.

Uma das coisas mais maravilhosas da vida é poder fazer uma leitura diferente em determinadas épocas de uma mesma coisa, do mesmo assunto.

Não temos como consumir a vida, beber tudo de uma só vez. Ter a plenitude e o reconhecimento, viver no mais alto índice do gráfico sem sofrer as amargas consequências. Podemos e devemos ser plenos sempre, e com isso sentir o mais breve e ordinário prazer em se entregar na mais tola e simples tarefa. Ter as nossas doses homeopáticas de loucura e exacerbar um pouquinho, a cada dia, a  nossa sensibilidade, bem na hora em que a razão se distrair.

A espera pela magia e por viver intensamente nos cansa ou nos mata. Desafio mesmo é ter paixão e interesse pelo cotidiano, pelo que foi conquistado. É fazer com amor o trabalho, a comida, a conversa, a corrida, o sexo.


E são essas doses que prolongam nossos dias, por mais tentador que seja uma dose cavalar, as pequenas doses nos deixam leves e queridos, nos dão prazer, saúde, bochechas coradas e olhos brilhantes.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Meu caro amigo






Estava no carro de uma grande amiga, que sempre me falava sobre o contexto de algumas músicas. Principalmente as de Chico Buarque.

Ouvimos meu caro amigo, o jeito mais legal de se escrever uma carta à um amigo exilado em Lisboa, em uma de nossas idas à Lapa.

 Sempre ouvia essa música e lembrava da Flavia. Minha grande amiga, que me estimulou a voltar com meus posts.

Nesse mês, em uma das minhas longas viagens Rio X Niteroi, estava mergulhada numa tristeza enorme.

Nunca gostei, aceitei ou consegui pensar em morte. Perdi uma grande amiga no início desse mês, e estava mergulhada nas boas lembranças, nas coisas que deixei de dizer.

Ela me incentivou a criar esse blog, a me aceitar. Era sagaz, calorosa e o estilo de pessoa que fazia mingau quando eu chegava doente ou cansada da faculdade. Plantou flores, arvores, teve uma família linda  e escreveu um livro. Fazia o melhor bolo de coco do mundo. Me presenteou com o animalzinho que tanto amo, a Maggie. Ih, a história é longa. E será sempre parte de mim, é aquele pedacinho, aquele retalho que ajuda a nos compor.


Foi quando na minha longa viagem ouvi "Meu Caro Amigo". Pensei na distância dos dois amigos, de estados, países e dimensões. Minha angustia diminuiu. Sonhei com coisas que contaria para ela. Como seria um diário de bordo leve e sucinto, afinal não sei qual é a capacidade entre os mundos, os planos.

A beleza da vida está nas pessoas, nos animais. Na mistura do prazer com a frustração, principalmente na maneira em que lidamos com as situações por mais adversas que elas sejam.


Obs.: No meu aniversário de 22 anos ela se fantasiou de sininho, por isso a homenagem.










segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TOP - Prato 5

Com a cabeça ainda em Guarapari, venho falar do melhor bolinho de aipim com queijo que já comi.

Ele tem o tamanho de um tatu, aipim fresco e sequinho com bastante queijo. Dizem que o de camarão e o de carne também são bem fartos! Quando vou lá só sei pedir o de queijo.

É um lugar simples, bom para ir direto da praia. E com salada substitui legal um almoço.


Bolinho de Aipim da Zezé

Praia de Meaípe - Guarapari ES

TOP - Prato 4

Passei minha infância em Guarapari - ES. Ficamos em Nova Guarapari, lugar tranquilo com lindas praias e muito verde.

Meus pais e irmãos sempre gostaram muito de frutos do mar. Ficavam felizes da vida, comendo peroá (peixe boi), camarão... Eu sempre ficava na lasagna congelada do supermercado!

Fui começar a comer depois de mais velha.

Fui passar uns dias com minha mãe, e depois da praia bateu uma vontade de comer uma moqueca capixaba. Nunca tinha comido, não sei de onde a vontade veio.

É muito gostoso. Aquele peixe fresquinho, macio, com todos temperos no molho misturado com o arroz solto.

Eles servem um sanduíche de sorvete muito bom!

Não vejo a hora de voltar.


Restaurante Amizade

Al Guaibura, 3 Nova Guarapari - Meaípe - ES
Cidade: Guarapari / ES


Al Guaibura, 3 Nova Guarapari - Meaípe - ES
Cidade: Guarapari / ES

TOP - Prato 3

A primeira Bruschetta provei há pouco tempo, no Delírio Tropical. Tentei fazer em casa, exagerei no alho mas ficou uma delícia.

No início do ano passado, procurei um lugar que fizesse uma boa bruschetta: encontramos a Prima Bruschetteria pela internet.

Um lugar charmoso, diferente, todo aberto com o espaço bem aproveitado, as bruschettas são preparadas perto do salão, onde todo mundo pode ver.

São diferentes tipos de bruschetta, e alguns pratos.

Não consigo inovar. Sempre que vou peço mezzo litro do vinho tinto seco deles (servido numa jarra), bruschetta pomodoro, bruschetta burrata, gnocchi de funghi (acompanhado de uma farofa de alho muito boa) com tomate cereja e finalizo com um tiramisú bem gostoso servido em um copo de vidro.

Já vi muitos pedirem um suco, que também vem na jarra e faz sucesso. Quero provar.

Vale muito a pena conhecer! É diferente, e muito gostoso!

Prima Bruschetteria | Rua Rainha Guilhermina, 95 - Leblon

TOP - Prato 2

Fui levada nesse restaurante pelo Márcio. La Trattoria, um restaurante em Copacabana todo no estilo italiano, bem simples e rápido.

Fomos lá para que eu provasse a entrada: Pão de alho. E realmente, uma delícia! Alho, alho poró e manteiga. Bem farto. Mas aconselho fortemente que levem um chiclete bem forte de hortelã e menta.

O prato: pude modificar e escolher o ravioli de parmesão all'arrabiata (azeite, tomate, pimenta e salsa). Muito bom!!! A parte legal é que eles trazem a panela e servem no prato da pessoa.

O restaurante vive cheio, de fora passa a impressão de que é pequeno mas tem uma boa capacidade.

La Trattoria

Rua Fernando Mendes, N 7 Copacabana